Como posso fazer para evitar que meu filho experimente as drogas? PARTE 1
Para começar nossa conversa, sugiro que você esqueça as “drogas”. Mantenha seu foco no cigarro, no álcool das festinhas e na vida social agitada que eles têm. A faixa mais perigosa é entre os 12 e os 18 anos.
1. O cigarro é um assunto constante nos grupinhos. Mesmo sem terem experimentado, eles vão estimular a curiosidade uns nos outros. Aqueles que já experimentaram vão fazer de tudo para que outros fumem, e aqueles que ainda não fumaram terão que ser fortes para resistirem a toda esta pressão e propaganda entre os amigos.
O problema não é o cigarro em si. É todo o pacote que vem junto com ele.
Provavelmente, estes jovens terão que fumar escondidos dos pais, professores etc. E neste contexto, entra todo o cuidado para não terem problemas quando fumarem. Existe a adrenalina de fumar escondido, as vantagens que contam para o grupo quando se esquivam das perguntas dos mais velhos, a aventura de conseguir mais um maço, e é aí que muitos se destacam no grupo por se arriscarem mais e não serem pegos. Alguns jovens vão pegar gosto pelo “pacote de aventuras do cigarro”, pois a nicotina, de fato, não tem muita graça.
2. A mesma propaganda do cigarro vai se repetir no álcool. Conforme a adolescência avança estará cada vez mais perto o dia em que seu filho irá a uma festinha inocente de amigos que você conhece, que conhece os pais , que você vai levar e buscar e que vai ter álcool. Alguns jovens irão “ contrabandear “ este álcool para dentro da festinha até mesmo quando a festa é no salão de um deles e os pais estão próximos. Tem todo um “esquema” que eles montam. Alguns vão conseguir comprar a bebida ou vão pegar nas suas casas sem serem descobertos. Outros ficarão encarregados de manipular esta bebida durante a festinha com discrição. Na verdade, não é que eles vão colocar a garrafa sobre a mesa no meio da festa e todos vão beber. Este álcool será consumido no início por alguns e, aos poucos, outros vão descobrindo. Os considerados mais “caretas
” do grupo, percebem o que está acontecendo, não se metem no assunto e na maioria das vezes não contam estes detalhes para os pais. Eles precisam administrar o que vão contar para os pais para não assustá-los. Não existe como os jovens mais responsáveis não conviverem com os mais imprudentes. Eles são o grupo. Só resta aos jovens passarem por este mar de experiências arriscadas com o menor dano possível. A tempestade da adolescência deve passar.
3. Tem jovens que fazem tudo muito bem, são dinâmicos, comunicativos, engraçados, inteligentes, são bons no esporte, são namoradores. Os pais ficam admirados como eles fazem tanta coisa ao mesmo tempo. Mas tudo bem, é coisa da idade! Às vezes, ele tem duas namoradas e como administra bem! Ah, normal, hoje em dia todo jovem é assim! Os pais quase sempre ficam sabendo das aventuras “ficantes” de seus filhos e acham normal. Por aí vai. E assim os pais realmente não tem evidências de que devem se preocupar mais com os comportamentos dos filhos. Eles só são muito agitados, não param, estão sempre para cima e para baixo. Mas o que importa é que eles não mentem, não enganam, não fazem nada de errado. Mesmo quando os jovens têm tudo, amor dos pais, um clima bom em casa, nunca falta nada, os pais acreditam que estão presentes e que a situação está sob controle, ainda pode haver espaço para as drogas.
O problema é que às vezes a vida dos nossos filhos adolescentes é tão perfeita, tão completa e tão dinâmica que, infelizmente, alguns deles decidem experimentar as drogas para ver se ela fica ainda mais emocionante.
Na parte 2 eu conto se podemos evitar e como fazer isso.
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